Incompreensivelmente calado
numa casa vazia em tarde de chuva
folheando um velho álbum de família.
As fotos de um eu quando eu:
Rostos e gestos de pessoas mortas.
Uma canção triste vem do infinito
...
Lágrimas no telhado.
Agora é noite.
No breu abro os olhos, nada vejo.
Uma brisa fria semeada pela garoa
...
Talvez na madrugada se colha a tempestade
...
Uma nuvem sorri pra mim,
iluminada por uma lua cheia
com um imenso vazio ao seu redor
...
As paredes estão cinzas.
Ensaio um grito,
o silêncio me sufoca,
me vem um leve gemido.
A imensa luz negra me cega
pelo som das árvores
e folhas
e nada,
sinto que a brisa,
semeada outrora,
finalmente virou tempestade.
O poeta que escreve no escuro,
faz uma prece sem fé.
Adormece
...
(Ele deseja nunca mais acordar)
...
Agora,
ele sonha que
morre.
Já te falei que você é ótimo?!
ResponderExcluir=)
Obrigado! Senhorita Gabryelle.
ResponderExcluir