quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Saudades de Um Defunto

A minha testa de hoje em diante é lápide,
Onde o pior poeta escreverá à talhes:
Aqui jaz um homem morto,
Mesmo vivo,
À andar e à falar
À chorar e à gritar.

Ao nos encontrarmos
Você sorrirá.
Eu acenarei da minha cova
Repleta de flores naturais
Regadas direto na raiz, por minhas lágrimas.

Sem se decompor...
Condenado à ser Zumbi
Permanecerei...
E acenarei para ti da minha cova.
Com meu frio grito, abafado e mudo
Lembrarei em nostalgia, aquelas horas
Em que o nada entre nós dois
Virava tudo.

Ah! Minha pérola negra, doce dama
Te imploro em desespero
E  humilhado pranto,
Que após uma semana, um mês, um ano
Mesmo quando não sentir mais dores,
Vistas negros trajes
E mande flores.

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